Bolsonaro lidera manifestação por anistia na Avenida Paulista
- Carlos Peixoto
- há 3 dias
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Neste domingo, 6 de abril de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou uma manifestação significativa na Avenida Paulista, em São Paulo, com o objetivo de solicitar anistia para os condenados pela invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O evento reuniu aproximadamente 44,8 mil pessoas, conforme estimativa do Monitor do Debate Público do Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP), que utilizou imagens aéreas para a contagem.

Foto: Reprodução/@romeuzemaoficial
A manifestação contou com a presença de diversos governadores aliados a Bolsonaro, incluindo Tarcísio de Freitas, de São Paulo, e Ronaldo Caiado, de Goiás. Em seu discurso, Tarcísio enfatizou a urgência de uma anistia para promover a pacificação do país.
Bolsonaro, que recentemente tornou-se réu por tentativa de golpe de Estado em 2022, utilizou o evento para se posicionar como vítima de perseguição judicial. Ele comparou sua situação à de outros líderes de extrema-direita, como Donald Trump e Marine Le Pen, afirmando: "Me querem caçar como caçaram a Le Pen, como tentaram com Trump".
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também discursou, incentivando a mobilização feminina em prol da anistia e destacando casos como o de Débora dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por pichar uma estátua durante os eventos de 8 de janeiro de 2023. Débora tornou-se símbolo para os manifestantes, que consideram as penas desproporcionais.
Os participantes entoaram palavras de ordem como "Anistia já!" e expressaram descontentamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, responsável pelos processos judiciais relacionados aos eventos de 8 de janeiro. A manifestação iniciou-se com o hino nacional e uma oração, refletindo o tom patriótico e religioso do evento.
Pesquisas recentes indicam que a maioria dos brasileiros é contrária à anistia dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Segundo levantamento da Genial/Quaest, 56% dos entrevistados preferem que os envolvidos continuem presos, enquanto 34% defendem sua soltura.
Este ato na Paulista marca o início de uma estratégia de Bolsonaro para mobilizar suas bases visando as eleições de 2026, em um contexto de crescente desgaste do governo atual, conforme apontam pesquisas recentes.
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