Parte do chão do cemitério Campo da Esperança da Asa Sul cedeu na tarde deste domingo (19/1) e deixou túmulos abertos. A cena foi registrada por uma pessoa que passava pelo local.
A cratera se abriu na área da Quadra 913, do Setor C. Apesar da abertura, ninguém que passava pelo local ficou ferido e os caixões não foram danificados.
Ao Metrópoles, a Campo da Esperança Serviços Ltda, empresa que administra o cemitério, informou que as causas da erosão estão sendo analisadas pela equipe de engenharia da concessionária.
De acordo com a empresa, a área foi isolada e os reparos foram iniciados imediatamente após o incidente. A expectativa é que o trabalho seja concluído nesta segunda-feira (20/1).
“Erosões como essa, embora tenham ocorrido em outras ocasiões, são casos isolados, provocados, normalmente, por excesso de chuvas. A empresa trabalha para minimizar esse risco com inspeções constantes nos terrenos”, destacou a concessionária.
Casos nos últimos meses
Em 26 de outubro do ano passado, a auxiliar de serviços gerais Priscila Souza do Nascimento, 35 anos, foi “engolida” por uma cova enquanto limpava o túmulo de parentes dela.
“Eu, minha sogra, meu esposo e um primo dele estávamos no cemitério para limpar o túmulo dos irmãos da minha sogra. Quando me afastei um pouco e passei perto de outro túmulo, o piso cedeu e eu caí”, declarou Priscila ao Metrópoles.
“Não me machuquei, mas estou toda dolorida e com ardência no corpo, pois fiz força no braço”, relatou Priscila na ocasião. “Mas o problema não foi só esse, né? Se fosse uma pessoa com mais idade ou uma criança pequena que tivesse caído ali, dificilmente conseguiria chamar alguém. Eu sou comprida e, por isso, consegui pedir ajuda. Se fosse outra pessoa, talvez não fosse ouvida”, pontuou.
Cerca de 10 dias depois do ocorrido, uma outra cratera se abriu na área da Quadra 210-2, do Setor C. Na ocasião, ninguém se feriu.
À época dos fatos, a administradora do cemitério declarou que havia suspeita de o incidente ser intencional. “A empresa está analisando as causas do incidente, mas, a princípio, suspeita ser resultado de ação de jardineiros autônomos insatisfeitos com a decisão do TJDFT sobre a ilegalidade da atuação deles nos cemitérios após ação movida pela concessionária. Nos últimos meses, esse grupo tem enviado vídeos e fotos para a imprensa com situações que eles mesmos provocam. Caso essa suspeita se confirme, eles serão denunciados às autoridades”, afirmou o órgão.
10 feridos
Em 20 de janeiro do ano passado, durante um enterro, 10 pessoas caíram em uma cova após a laje de duas sepulturas vizinhas ceder. O caso aconteceu na unidade de Taguatinga. Duas das vítimas chegaram a desmaiar; algumas tiveram crise nervosa e dores pelo corpo. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) transportou os cidadãos para o Hospital Regional de Taguatinga e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia.
A Campo da Esperança Serviços Ltda., disse na ocasião que o local cedeu devido ao excesso de peso durante um sepultamento e que algumas pessoas caíram dentro do jazigo. Ainda, segundo a empresa, o enterro que estava ocorrendo no momento incidente precisou ser adiado para o dia seguinte.
*Informações do metropoles
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