Segundo a PCGO, suspeita é de que o ex-secretário tenha usado o valor da carga em benefício próprio; mandados foram cumpridos nesta terça
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu dois mandados de busca e apreensão, sendo um na Prefeitura de Rubiataba, no centro do estado, e outro na casa do ex-secretário municipal de transportes da cidade. A suspeita é de que ele tenha desviado uma carga de madeira doada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) ao município e usado o valor da venda em benefício próprio. A operação chamada de Cupiúba foi deflagrada nesta terça-feira (3/8).
A investigação do caso teve início após um registro de atendimento de ocorrência, na delegacia da cidade. A denúncia era que uma quantidade de madeira de lei, apreendida pelo Ibama e doada para a Prefeitura de Rubiataba, estaria no interior de uma madeireira, situada na cidade, e que lá estava sendo comercializada de forma irregular.
No total, a carga doada pelo Ibama à gestão municipal era de 28,8 mil metros cúbicos de madeira serrada de Cupiúba (pranchas, pranchões, vigas e quadrados), que a pedido do prefeito Weber Severino (PSD) seria utilizada para a construção e reforma de pontes. O material havia sido apreendido no dia 19 de fevereiro deste ano, em Uruaçu (GO). Na ocasião, o prefeito assinou um termo que proibia o repasse do material para outras pessoas.
Desvio
Conforme a apuração, o então secretário de transportes, Vitor Vinício de Souza, teria desviado toda a madeira, patrimônio da prefeitura, sem nenhum tipo de formalização, ao dono de uma madeireira. Este proprietário, que não teve o nome revelado, também é funcionário da prefeitura, o que, de acordo com a Lei de Licitações à época vigente, o impossibilitava de fazer negociações e contratos com a administração municipal.
Segundo a PCGO, a madeira foi vendida por R$ 49 mil. Após as denúncias, a prefeitura afastou o secretário investigado.
De acordo com a polícia, o dinheiro obtido com a venda da madeira, era destinado ao caixa da madeireira. A contrapartida, era a concessão, a pedido verbal do ex-secretário, de diversos produtos, que eram entregues por meio de recibos genéricos, para outras destinações, existindo também a possibilidade de ter passado dinheiro em espécie a ele.
Durante a manhã desta terça-feira (3/8), a corporação apreendeu computadores e celulares do suspeito, que pode responder pelo crime de contratação direta e peculato.
Reforma da própria casa
Ainda segundo a PCGO, a casa onde o ex-secretário mora passou por uma grande reforma, inclusive com a expansão do telhado. Agora, a investigação do caso quer descobrir se os materiais usados na intervenção vieram da madeireira.
A apuração quer identificar se houve a participação de mais agentes públicos na venda irregular de madeira. O ex-secretário deve ser ouvido pela corporação após a análise do material apreendido. Vitor também está proibido de se aproximar dos locais relacionados à investigação e não pode exercer cargo público. Das contas dele, foram bloqueados R$ 100 mil.
Por: Portal Forte News**Com informações do metropoles
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