De acordo com a PF, seis pessoas foram presas, quatro no Brasil, em Foz do Iguaçu, São Paulo, Goiânia e Rondonópolis, uma em Portugal e outra na Espanha
A Polícia Federal (PF) atualizou, na noite dessa terça-feira (28), os dados sobre a operação que visou desarticular um grupo investigado por tráfico internacional de mulheres e exploração sexual. De acordo com a entidade, seis pessoas foram presas, quatro no Brasil, em Foz do Iguaçu (PR), São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Rondonópolis (MT), uma em Portugal e outra na Espanha.
Em nota, a Polícia Federal relatou que os criminosos fizeram 200 vítimas, sendo algumas delas menores de idade. Conforme apontou a entidade, em São Paulo, foi preso um investigado apontado como o principal alvo do esquema criminoso.
Ele foi capturado em uma casa de luxo, localizada no Bairro Granja Julieta. No local, os agentes apreenderam documentos e mídias para investigar se há mais envolvidos. Na Espanha, foi a vez de uma mulher ser presa. Segundo a PF, ela é apontada como “a despachante” do grupo, responsável por facilitar e falsificar a documentação para enviar as vítimas a outros países.
Informações dos outros quatro presos não foram reveladas. No entanto, sabe-se que, ao todo, foram oito prisões decretadas, sendo que cinco delas tiveram seus mandados incluídos na lista da Interpol, visto que estão em outros países. Além dos mandados de prisão, a Justiça Federal expediu nove mandados de busca e apreensão.
Os nomes dos investigados são mantidos em sigilo durante a investigação, informou a PF. A investigação deve ouvir 20 pessoas durante esta semana, entre vítimas e testemunhas.
Entenda a investigação da PF
Segundo a Polícia Federal, a ação desta terça (27), chamada de Harem BR, começou com as investigações em 2019. À época, um inquérito policial foi instaurado a partir de informações de uma outra operação (Nascostos), que desarticulou um grupo de estelionatários que praticava fraudes pela internet mediante a clonagem de cartões de crédito.
Na ocasião, os investigadores identificaram compras de passagens aéreas feitas pelos estelionatários com cartões clonados. Quem recebeu essas passagens foram duas garotas de programa, que viajaram a Doha, no Catar.
“Uma vez identificadas essas vítimas de exploração sexual, elas relataram cerceamentos de direitos a que foram submetidas nesse destino, bem como que receberam as passagens de um indivíduo que as agenciou para a prática dos atos de prostituição”, informou a Polícia Federal.
Grupo promovia viagens para vários países
De acordo com a Polícia Federal, as investigações constataram que o grupo criminoso promoveu a exploração sexual em vários países como Paraguai, Bolívia, Estados Unidos, Catar, Austrália e no próprio Brasil.
Ainda conforme a PF, os crimes investigados são:
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável;
Tráfico de mulheres para fins de exploração sexual;
Falsidade material e/ou ideológica e uso de documento falso;
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual;
Rufianismo – modalidade que visa lucro através da exploração de prostituição alheia.
Por fim, a corporação relatou que a apresentação de documentos possivelmente falsos perante a Embaixada da Austrália no Brasil para dar entrada em pedidos de vistos australianos, como holerites e comprovantes de vínculos empregatícios, também são investigados.
Por: Portal Forte News **Com informações do brasil123
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