Brenda e Betty Agi são fundadoras de uma ONG com projetos nas áreas de educação, saúde e combate às desigualdades social e racial. Longa-metragem pretende contar como as duas conseguiram ajudar mais de 70 mil pessoas em 17 países.
Depois de serem inclusas na lista das 100 pessoas negras mais influentes do planeta, a história das irmãs Brenda e Betty Agi ganhará mais um capítulo de destaque. Moradoras de Anápolis, a 55 km de Goiânia, elas foram convidadas para participar da produção de um filme que irá contar como as duas conseguiram ajudar mais de 70 mil pessoas em 17 países pelo mundo. O longa-metragem, que irá se chamar "A menina do chinelo", está em fase de pré-produção e pretende narrar desde a história dos pais das anapolinas até os dias atuais. Animada com a novidade, Betty conta que ficou bastante surpresa com o convite. "Não imaginávamos que nossa história chegaria nesse ponto de se transformar em um filme. Nós começamos com uma ação pequena, há 10 anos. Nossa vida nunca foi fácil, mas acredito que quando você se entrega de verdade para fazer o bem, não tem porque não dar certo. E foi isso que fizemos, transformamos o que era dificuldade em oportunidade", disse Betty. Ainda em busca de patrocinadores, o roteiro do filme irá começar a ser escrito na segunda-feira (2), com gravações previstas para começarem no início do próximo ano. Toda a produção terá a direção dos diretores Emiliano Perez Marzano e Fernanda Furtado. "Eu estava procurando boas histórias no YouTube e acabei encontrando um vídeo das duas. Me emocionei muito quando vi duas mulheres pretas e empreendedoras fazendo tudo que elas fazem pelas pessoas. Decidi fazer o convite junto com meu parceiro, Emiliano, e tudo foi se encaminhado", contou Fernanda. "O processo está sendo realmente maravilhoso. A cada dia nos surpreendemos mais com a história, que é muito maior do que elas contam nas conferências. É uma história de superação, excelência, de muito amor, muita fé e muita disciplina. Temos certeza de que vai inspirar outras pessoas a tentarem fazer desse mundo um pouco melhor, como elas fazem", disse Emiliano. 100 mais influentes Brenda e Betty Agi foram reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 5 de outubro, em uma lista que reúne 100 pessoas negras consideras mais influentes do planeta. Além das irmãs, a lista possui outros oito brasileiros, entre eles estão os cantores Iza e Léo Santana. O nome das irmãs apareceu na categoria de trabalho humanitário e ativismo. Há dez anos, elas estão à frente da Organização Não Governamental (ONG) Compaixão Internacional. Brenda e Betty Agi com os pais e o irmão, em Anápolis — Foto: Arquivo pessoal/Brenda e Betty Agi Como tudo começou Filhas de um moçambicano com uma brasileira, as jovens biomédicas trocaram o jaleco por um projeto social após uma viagem que fizeram para a África, em 2011, quando trabalharam como voluntárias. “Em um final de semana específico nós fomos no Deserto Kalahari, e uma das crianças começou a chorar muito. Nós nos aproximamos dela para saber o que estava acontecendo e vimos que os pés dela estavam feridos. À medida que ela ia dançando, aquela areia quente ia entrando nas feridas dela, e ela chorava muito. Nós pedimos para ela buscar um par de chinelo, só que ela disse que não tinha. E quando nós olhamos as outras crianças, todas estavam descalças”, disse Brenda. A partir daí, elas criaram a Compaixão Internacional, para recolher e doar chinelos para quem precisa. Em 2018, após doarem cerca de 40 mil pares de chinelos para famílias carentes, elas inauguraram duas escolas de artesanato, corte e costura em Angola. O objetivo era proporcionar uma fonte de renda para mulheres em situação de risco. Ao longo dos anos de trabalho, a iniciativa foi crescendo e, atualmente, conta com 1 mil voluntários em vários países. Além dos chinelos, o projeto realiza oficinas de artesanato para vítimas de violência sexual, leva tratamento odontológico para comunidades pobres, promove ações de proteção à criança e ao adolescente no sertão brasileiro e cuida de albinos africanos perseguidos pela cor.
Por: Giro da Revista - do G1 Goiás.
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