Na presença da mãe, Laryssa Yasmim confessou o crime. Um colchão ensanguentado foi a principal prova para confrontar versão da acusada
A Polícia Civil descartou a possibilidade de participação de Giuvan Félix de Araújo, 25 anos, no assassinato da própria filha de dois anos, na manhã desta quinta-feira (13/2), em Vicente Pires. De acordo com o delegado Sérgio Ribeiro, a localização de um colchão onde a criança teria sido esfaqueada foi essencial para confrontar a versão da mãe, Laryssa Yasmim Pires de Morais, 21, que logo depois confessou o crime.
Durante a tarde os agentes da polícia civil voltaram ao apartamento para complementar a perícia e encontraram o objeto ensanguentado. Até o momento, a polícia acreditava que a criança tivesse sido esfaqueada no quarto, onde foi encontrado uma poça de sangue.
“A mãe dela esteve na delegacia, passou a acompanhar parte da oitiva dela e na presença da mãe que ela começou a se desestruturar e confessou que estava acusando falsamente o Giuvan. Não disse motivo nenhum”, detalhou o delegado.
O depoimento de testemunhas também ajudaram a descartar a acusação contra o pai da criança. A mãe de Laryssa declarou que a jovem tinha problemas com drogas e o conduta teria sido um dos motivos para expulsa-la de casa. Além disso, ela não tinha um vínculo afetivo com a criança.
Giuvan também já teria dito a polícia que estava articulando junto com a ex-sogra para ter a guarda da menina. Este poderia ser um dos motivos que levou Laryssa a matar a criança e tentar matar o ex-namorado.
O crime
De acordo com o delegado Josué Ribeiro, Laryssa levantou por volta de 5h30, levou a criança até a cozinha, e tentou desferir a primeira facada próximo ao pescoço. A tentativa não teve êxito e acordou a criança que teve o choro testemunhado por vizinhos. Após isso, ela teria sufocado a menina e desferido as duas facada no tórax da criança.
Em seguida, ela foi até o quatro, e com outra faca tentou agredir Giuvan Félix de Araujo, 25 anos, no rosto.
Após desarmar a mulher o homem ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A gravação também foi periciada pela polícia e serviu para desmentir outro argumento apresentado por Larissa de que ela teria atacado o homem neste momento por acreditar que ela o acusava da morte da criança a polícia.
Enquanto isso, Gilvan presenciava ela ocultar o colchão e limpar as facas utilizadas no crime.
Para as testemunhas ouvidas pela polícia o comportamento de Giuvan e de Larissa era aparentemente de um casal normal. Mas de acordo com a própria mãe da jovem, ela teria sido expulsa de casa justamente pela conduta e pelo uso recorrente de drogas.
Por Ágatha Gonzaga - Correio Brasiliense
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