O policial militar da reserva José Ferreira de Souza, que morreu após fazer uma ressonância magnética e ficar em coma por mais de um mês, tinha contado para a família que pretendia fazer o exame para poder passar por uma cirurgia na coluna e, assim, voltar a viajar, segundo a filha dele, Tallita Ferreira. A morte dele é investigada pela Polícia Civil.
“Às vezes, ele deixava de fazer alguma coisa por causa da dor na coluna. Ele tinha planos de viajar, só ele e minha mãe. O ortopedista disse que se ele fizesse a cirurgia, ele ia ficar bem porque não era uma cirurgia grave, era simples”, relatou ao g1.
José fez o exame na coluna no dia 27 de junho, em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, e não acordou mais.
O g1 entrou em contato com o hospital neste domingo(4), por e-mail e por mensagem de texto, para pedir um posicionamento sobre a morte do PM, mas não teve resposta até a última atualização desta reportagem
Coma após exame
A filha do policial denunciou que, após fazer a ressonância magnética, o hospital demorou para levar o pai dela para a Unidade de Tratamento Intensivo(UTI). Um relatório médico da unidade afirma que o policial chegou a apresentar uma crise convulsiva durante a internação, feita um dia após o exame.
Ainda neste relatório, há a informação de que o PM era hipertenso, diabético e tinha uma doença renal crônica. Para a polícia, a família disse que o paciente ficou em estado grave após o exame e não teve nenhuma melhora em seu quadro clínico enquanto esteve na UTI.
Investigação
A família, que tinha registrado a situação do policial à Polícia Civil, fez novo boletim de ocorrência no sábado(3), desta vez, para registrar o óbito. Dessa forma, o corpo será submetido à autópsia e o médico-legista poderá fazer uma análise, informou o delegado Igomar de Sousa Caetano.
“Posteriormente, eu terei um laudo a mais, além do laudo indireto que eu vou obter a partir da análise dos prontuários também”, explicou.
O delegado informou que está sendo analisado se houve negligência ou se foi uma reação alérgica adversa. “Já ouvi o diretor da UTI do hospital e logo vou a ouvir o médico anestesista que fez o próprio atendimento no dia da ressonância”, afirmou o delegado.
Devido à autópsia do corpo do policial, ainda não há informações sobre quando o velório ocorrerá. A cerimônia deve ser em Caldazinha, na Região Metropolitana de Goiânia.
O g1 entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML), por mensagem de texto, para saber a previsão de liberação do corpo para família, mas não houve resposta até a última atualização deste reportagem.
Fonte: metropoles.
Comments