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Foto do escritorPor: CARLOS da ÚNICA

Vidraceiro é preso no lugar de traficante quando chegava de viagem em família, denuncia advogado



Com sentimento de injustiça, a defesa do vidraceiro Jailson Guimarães Gonzaga luta para conseguir a soltura dele de um presídio em Silvânia, no sudoeste goiano. O advogado Jales Gregório denuncia que o cliente perdeu a carteira de motorista e foi preso no lugar de um traficante que teria fugido da cadeia.


Jailson foi preso na segunda-feira (29), em Leopoldo de Bulhões, enquanto chegava na cidade de uma viagem que fez para aproveitar o Rio Araguaia. O advogado detalhou que, na ocasião da prisão, Jailson estava com os pais idosos e o filho de seis anos.


O vidraceiro já tinha registrado um boletim de ocorrência em 2015 denunciando que uma pessoa estaria usando um documento falso que continha todos os seus dados, mas uma foto diferente (entenda o caso abaixo).


Em nota ao g1, a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) explicou que comunicou à Polícia Civil para que seja confirmada a identidade do suspeito e o Poder Judiciário. Além disso, disse que aguarda que seja emitida uma decisão judicial determinando a possível soltura de Jailson.


Como o mandado de prisão foi emitido pela Justiça do Mato Grosso do Sul, o g1 entrou em contato com o tribunal para um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.


Familiares pedem justiça

Depois da prisão do vidraceiro, os familiares dele pedem justiça pelo que aconteceu. O pai de Jailson, que estava com ele, chorou indignado com a forma que a prisão aconteceu.


“[Foi] com a arma na cabeça e tudo. Deu busca na caminhonete, na canoa, mas não encontraram”, lembrou Jair Gonzaga.

“Vocês têm que descer, colocar a mão na cabeça. [O filho de 6 anos] viu algemarem o pai dele, ele está traumatizado”, acrescentou Maria Santina Guimarães, mãe de Jailson.


Preso no lugar de traficante

O advogado Jales Gregório explicou que Jailson perdeu a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em 2015 e, no mesmo ano, foi abordado por um policial militar, informando que tinham comprado um carro em seu nome. Na ocasião, Jailson registrou um boletim de ocorrência onde denunciou que uma pessoa teria registrado um veículo no nome dele, utilizando um documento falso.


No boletim de ocorrência, Jailson afirma “nunca ter registrado o referido veículo em seu nome” e diz que “ficou sabendo que a pessoa que registrou estava usando uma identidade com os dados dele, mas com outra foto”.


Ao g1, o advogado ainda detalhou que, em 2016, o homem que usava o documento com o nome de Jailson foi preso no Mato Grosso do Sul por tráfico de drogas e chegou a ter a prisão convertida em preventiva pela Justiça Federal.


Na época, o juiz Moisés Anderson Costa Rodrigues da Silva justificou a conversão da prisão do criminoso suspeito de usar os documentos de Jailson informando que o homem era suspeito de participar de uma organização criminosa que atuava no tráfico internacional de drogas. O g1 solicitou um posicionamento à Justiça Federal para saber se alguma providência foi tomada sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.


"Há indicativos de que se envolva com organização criminosa dada as circunstâncias do delito, envolvendo dois veículos e cinco pessoas no carregamento e transporte do entorpecente”, disse o juiz.

O advogado de Jailson explicou que, desde 2015, Jailson passou a andar com o documento do boletim de ocorrência registrado. No entanto, a defesa do vidraceiro denunciou que, durante a prisão realizada no dia 29 de agosto, os policiais militares envolvidos na ocorrência não quiseram ver o documento e o prenderam mesmo assim.


Em nota, a Polícia Militar de Goiás disse que apenas o Poder Judiciário poderia se posicionar, uma vez que o mandado foi emitido por ele. A instituição não respondeu sobre os agentes não terem visto o documento em que Jailson denuncia o uso do documento dele por um criminoso.


Nota da Polícia Penal de Goiás

“A Polícia Penal de Goiás informa: Ao ter ciência de que poderia haver um indivíduo recolhido na Unidade Prisional Regional de Silvânia, com a identificação errada, a direção da UPR comunicou a Polícia Civil para confirmar a identidade e o Poder Judiciário. A Polícia Penal aguarda decisão judicial (alvará de soltura) para eventual soltura do apenado, que tem mandado de prisão expedido pela Justiça do Mato Grosso do Sul.”

Fonte: g1 Goiás.


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